12 outubro, 2013
Não sou fã de biografias, não costumo lê-las, lembro de ter lido a biografia apenas de Evita Peron - e não li uma só, li várias, para tentar formar um retrato de uma figura tão singular e polêmica - e li porque me fascina a história de uma mulher que saiu do nada e se tornou um símbolo tão forte na Argentina e só não foi mais adiante porque a morte a impediu, embora ela tenha continuado a ter sua trajetória incomum até depois de morte (para quem não sabe seu corpo foi roubado pelo governo miitar argentino que só o devolveu a Peron 17 anos depois). Porém compreendo quem goste de ler a biografia de figuras célebres, sejam artistas, políticos ou líderes mundiais. E também entendo que muitas vezes não há como dissociar sua vida de sua obra, vida Frida Khalo ou Van Gogh para ficar em dois exemplos. Entendo também que sempre que sai uma biografia não autorizada há o conflito entre a liberdade de expressão e a privacidade, mas ora, artistas não se tornam famosos justamente abrindo mão de sua privacidade? Esta novela toda das biografias não autorizadas e de famíias querendo participar dos direitos autorais (como se escritores ganhassem fortunas com livros) é um grande desserviço à memória do país e se a coisa realmente ficar assim, daqui uns anos tudo o que restará para saber a bio de alguém será a wikipedia.
violinha at 02:23 PM | Comments (0)