O filme não por acaso se passa em São Paulo, mas sua história é universal e ela poderia ser contada em Nova Iorque, Londres ou Paris, ou seja, é um filme nacional com uma história que poderia muito bem ser contada em qualquer idioma em qualquer cidade do mundo. O filme é ótimo, embora com ritmo lento, mas a lentidão do contar a história faz sentido quando se pensa que é um filme sobre como lidar com perdas. E a aridez da perda aparece também nas imagens duras e secas da metrópole sem paisagens naturais.
Eu sei que muitas pessoas sofrem a dor de ver um ente querido desaparecer e que a dor de não saber seu paradeiro deve roer qualquer um por dentro, porém não me sai da cabeça aquele casal inglês que teve a filha desaparecida em Portugal. Talvez pela foto da pequenina menina de 4 anos com cara de assustada que está sendo divulgada, talvez pela determinação dos pais que prometem não voltar para a Inglaterra sem a filha nos braços. Não sei, só sei que a dor deles me aflige e eu torço muito para que reencontrem a filha.
Mas eu também sei que eles têm apoios [celebridades, doações milionárias, visita ao Papa] que muitos outros com a mesma sina não têm.
Que presentes te daria
Uma estrela vã do firmamento
Pra iluminar o vão do pensamento
Um TV na garantia
Árvores plantadas no cimento
E o meu perfume na rosa dos ventos
Um novo ritmo
Cartas de amor com frente e verso
E meu percurso nesse universo
Nas horas sem fim
Em que a dor não tem mais cabimento
É no teu prumo que eu me oriento
Catedrais de alvenaria
Senhas pra não mais perder a vez
Casa, comida e um milhão por mês
[Eliana Printes, os presentes]
Hoje é o dia mundial do meio ambiente e se você ainda não viu uma verdade inconveniente veja, pois eles explicam didaticamente o que está acontecendo com o clima no planeta. E a coisa é séria, muito séria. E não irá embora se você não abrir os olhos.
Imaginando a décima dimensão é uma explicação sucinta sobre o multiverso, ou universos paralelos. Faz a alegria tanto de céticos como de místicos, creiam-me.
Mas só vale para quem entende bem inglês.
Para mim a obra de Frida Kahlo é desconcertante e curiosa e nada mais, porque eu desconheço a cultura mexicana. Um exemplo disto é esta foto que tirei no memorial ontem, que, assim que vi, me remeteu à obra de Kahlo:
Não existe obra universal, por mais que queiramos crer nisto, toda obra está ligada ao cenário sócio-cultural do artista, filtrado por sua visão pessoal.