Hoje começa agosto, aquele mês que tem umas 9 semanas e dura uns 72 dias.
Vai ter festival de cinema do céu? Ontem foi Bergman, hoje Antonioni. Estaremos para sempre condenados ao cinema de Quentin Tarantino?
Será que Fidel Castro ainda está vivo mesmo? Depois do que fizeram com o Tancredo Neves, eu duvido de qualquer versão oficial.
Os americanos gastam 20% de seu tempo de seu dia de trabalho passeando na internet. Tenho até medo de imaginar o percentual que não daria sobre brasileiros. Porém a questão toda é que a internet, embora seja uma ferramenta fantástica de pesquisa e trabalho, é uma baita fonte de distrações. Atire o primeiro comentário quem nunca se distraiu fazendo uma pesquisa e mudou de rumo.
Lamento muito não ter sabido a tempo da passeata em homenagem oas mortos no acidente do avião da TAM. Eu teria ido com toda a certeza. É preciso mostrar às autoridades [in]competentes que suas mortes não foram em vão.
Em busca da vida é um filme árido em um cenário também árido, talvez seu maior mérito seja mostrar uma China que não aparece em seus índices de crescimento e abertura [controlada] de mercado. É um filme, lento, duro de assistir e deglutir, não há candura nas relações que são todas promovidas através de bens materiais, que marcam a passagens do filme: cigarro, bebida, chá e bala [e dinheiro].
A diferença básica entre o cinema de arte e o cinema 'blockbuster' é que o primeiro conta sua história através de enigmas e se o espectador não os desvendar é devorado pela história e sai frustrado, sem compreendê-la. Já os filmes 'blockbuster' sempre contam uma história simples, fácil de entender no primeiro plano, porém, em suas entrelinhas, há uma outra história, ou mensagem sendo contada. Duvidam? Olhe o exemplo de transformers, a primeira história quase todo mundo conhece: robôs extraterrestres vindos do espaço, uns bons, outros maus, que se disfarçam de carros brigando aqui na Terra. Porém, há uma segunda história por trás: uma raça de robôs que destruiu seu planeta [hmmm... metáfora de algum planeta que você conhece?] que acabam chegando a Terra, robôs maus querem destruir o planeta [outra vez, te lembra alguém?] e robôs bonzinhos em número muito menor [ambientalistas?] tentam salvar o planeta da ameaça de seus iguais. Pois é, como já disse Lispector: "já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas." As entrelinhas estão lá, basta ter olhos [e coração ou cérebro] para vê-las.