Primeiro o presidente diz que a crise não chegaria por aqui, mas como a crise não foi avisada de que não tinha visto de entrada, ela chegou, jogou a bolsa para baixo, o dólar para o alto, desempregou uns, colocou de férias coletivas outros e tirou o sono de muitos. Agora o presidente diz que não há risco do país quebrar. Sei... se considerar o que ele disse sobre a crise é hora de ter medo.
Algumas coisas como o preconceito transcendem tempo e lugar. Em 1926, Moteiro Lobato escreveu o livro "o presidente negro ou o choque das raças" em que, no ano de 2228 um homem negro seria eleito presidente dos EUA porque os brancos se dividiram entre partidos masculino e feminino. Um texto, publicado após a vitória de Obama no site da KLu Klux Klan - a organização racista mais famosa do planeta - diz que esta eleição foi possível porque o povo branco não se uniu. A eleição de Obama nos mostrou que muitas conquistas já foram feitas, que já percorremos um longo caminho pelos direitos humanos, mas há ainda muito a ser feito. Simplesmente não podemos deixar de vigiar aqueles que nos vigiam.
Não vou aqui discorrer se a obra de Lobato é sinônimo de racismo e misogenia não é o intuito deste post e sequer conheço a obra dele tanto assim, devo ter sido a única criança que achava o sítio do pica-pau amarelo um porre [até porque eu tinha uma avó muito, mas muito mais legal que a Dona Benta].
Os americanos deram nas urnas um recado claro, ainda que muito tardio, a George W. Bush: sai o presidente que invadiu o iraque atrás de Saddam Hussein para ser substituído por um cujo nome do meio é Hussein. Bush fez o mundo todo odiar os americanos, com sua política armamentista, a resposta das urnas foi clara ao eleger não apenas Obama, mas todo um congresso com maioria de democratas.
Barack Obama é o presidente eleito dos EUA, ele carrega não apenas as esperanças dos americanos que votaram nele, mas de quase todo o planeta, que torcia por sua vitória. Qeu ele não nos decepcione, que ele seja o estadista que promete ser.
Azeredo realmente é o senador antijuventude: primeiro foi seu projeto de lei que visava criar um big brother para controlar o acesso de todos à internet, um dos maiores planos de invasão de privacidade que se tem notícia na história da humanidade, só imaginado mesmo por Orwell em 1984 e sequer o governo chinês chega a tamanho absurdo. Agora o senador "se és joven te odeo" lança um novo projeto polêmico para mexer com a meia entrada. Há abusos na meia entrada? Certamente, mas o maior abuso é uma entrada de cinema custar, em média, 20 reais ou quase 5% do salário mínimo, tornando o acesso a cultura um produto de luxo. Ele alega que seu projeto irá reduzir os preços das entradas, o que mostra que o senador desconhece o mais básico da matemática: se os produtores reclamam da meia entrada como o valor integral do ingresso poderá chegar perto deste valor?
Estou ansiosa com as eleições nos EUA amanhã [hoje], e olha que as daqui não me comovem faz tempo. Torço por Obama não apenas pelo que ele significa em termos de geopolítica mundial, mas principalmente por seu significado como minoria chegando ao poder no país mais poderoso do mundo.
Interessante notar como em tudo Obama e McCain são opostos: o primeiro, aluno laureado na faculdade, o segundo aluno medíocre na academia do exército. Obama representa a renovação, a falta de experiência compensada pela força de vontade, pelo símbolo de novos tempos. McCain, não só pela idade, mas pelo partido principalmente [e porque não dizer: pela escolha da vice] representa o que há de mais nefando por lá. Dedinhos cruzados por Obama, não só agora, mas pelos próximo 4 [ou 8] anos.
Agora sabemos porque Madonna está excursionando pelo mundo com o novo show com ingresso a preços exobitantes: para pagar os advogados e a pensão para o ex-marido. Ela realmente deve ter se casado apaixonada para não assinar um acordo pré-nupcial que a pouparia uma fortuna e as viagens com a turnê.
Nem tudo foi ruim neste domingo de finados: se Massa, apesar de ganhar a corrida, perdeu o campeonato por 500 metros, o palmeiras ganhou o jogo contra o Santos nos 3 minutos finais.
Se eu estou me sentindo frustrada com o Felipe Massa perdendo o título mundial por 500 metros, imagino como o próprio não está se setindo. Esta foi a decisão de campeonato de F1 mais emocionante que eu já vi: decidida assim no finzinho não só da temporada como também da corrida. Saudades nenhuma da época modorrenta em que Schumacher ganhava tudo.