27 novembro, 2008

A presidente da UNE levou uma série de reivindicações de estudantes ao presidente Lula, são elas: a demissão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a legalização do aborto e das drogas, além de um projeto que acabe com as falsas carteiras estudantis. Eu também tenho um pedido, para a UNE, que tal eleição direta para o órgão, hein?!

violinha at 12:36 PM | Comments (0)

As fotos principais das últimas duas edições da folha me chocaram, a de ontem sobre os saques em supermercados por conta da falta de água e comida nas regiões atingidas pelas enchentes em Santa Catarina:

E dos atentados em Mumbai, na Índia:

Aparentemente sem conexão, ambas mostram o que acontece quando a ignorância impera. Na primeira, no Brasil, vemos o flagelo por desmandos ambientais; na segunda, a intolerância religiosa.

A maior batalha que se luta no mundo é contra a ignorância.

violinha at 11:50 AM | Comments (0)
25 novembro, 2008

Hoje ao acaso li a coluna de João Pereira Coutinho na Folha chamada "morte e vida", e vou colar aqui um trecho que julguei fantástico:

Durante séculos, a civilização soube acomodar a morte entre os vivos, porque uma vida feliz implicava, como Montaigne dizia, aprender a morrer: aprender que a finitude da vida revaloriza a própria vida. Porque só a consciência plena do fim nos permite uma entrega total aos entretantos. Como dizia um conhecido historiador francês, a morte estava no centro da vida como a igreja no centro da vila.
Tudo mudou. Conheço casos de gente que, por questão de princípio, não vai a funerais (exceto, presumo, ao próprio). Hoje, a morte é um embaraço que se intromete entre uma festa de juventude permanente.
Mesmo que essa festa tenha prazo: 73 ou 74 anos de saúde boa para homens ou mulheres. O resto é desperdício.
O resto é pó, como o pó que cai sobre o caixão. Olho para a cova, ouço a terra que cai sobre a madeira. Tenho um céu de chumbo sobre mim. Irá chover, não tarda. Mas, antes que os céus se abram em choro sobre o mundo, dou por mim numa oração íntima em frente ao meu destino. E então peço a esse Deus desconhecido que me dê a graça e a sabedoria de partir na altura certa.
Meu Deus, faz com que eu morra vivo. Não me dês a eternidade ilusória nem suspendas o meu pobre corpo no limbo dos homens. Ensina-me a morrer, a única forma de eu aprender a viver com a consciência de que todos os dias da minha vida são frágeis e temporários, e, por isso, valiosos. Concede-me essa dádiva, e eu prometo que não irei estragá- la com a ganância própria dos desesperados.

(Amém!)

Tenho para mim que aqueles que não comparecem em velórios, seja por que alegação for, medo de cemitérios, do defunto puxar o pé a noite, de querer se recordar da pessoa como ela era, não passa de medo da morte, da própria morte. E não reconhecer que a vida é finita, que ela acaba, ao menos para mim, soa como medo da própria vida.

violinha at 02:47 PM | Comments (0)

As imagens de cidades tomadas pela água em Santa Catarina chocam, não dá para imaginar o sofrimento daqueles que perdem pessoas queridas, perdem suas casas [lembranças, memórias, fotos de infância] e sobrevivem só com a roupa do corpo. E choca mais ver o poder que a natureza tem sobre nós. Fica bem claro que só habitamos este planeta ainda porque Gaia, a terra viva, permite. Quando ela se cansar, não sobrará muitos de nós para contar como era.

Gaia, a terra viva, é uma teoria criada pelo ambientalista Lovelock que imagina a terra "viva", não como nós, mas como um planeta que representa um todo e que abriga a vida em si, em contraposição a planetas mortos como os outros do sistema solar. Quanto mais eu leio sobre a terra, sobre o aquecimento global, sobre as catástrofes ambientais, mas eu começo a achar que faz sentido a teoria.

violinha at 02:34 PM | Comments (0)