Na França pré-revolução francesa a nobreza vivia completamente apartada da realidade: desperdício e dispêndio eram regra geral em contraposição à miséria em que vivia a população. Hoje, no mundo todo, muitos internautas utilizam da internet para ter acesso a bens de consumo cultural. Consumir cultura é necessidade básica do ser humano, já cantaram os Titãs que 'a gente não quer só comida, quer comida, diversão, balé', então, quando tudo isto é oferecido de graça, as pessoas curtem e consomem, os números da virada cultural estão aí para comprovar isto. Porém, se a cultura é cara, não resta escolha às pessoas a não ser comprar comida e aí, com a facilidade tecnológica, surge a pirataria. Ninguém baixaria filmes, músicas, livros se fosse barato comprá-los, mas não é. A indústria do entretenimento é a maria antonieta do século XXI, forçando governos a aprovarem leis draconianas onde direitos autorais e, portanto patrimoniais, valem mais que garantias fundamentais, em outras palavras, direitos indisponíveis. Quando uma indústria tenta colocar o dinheiro acima dos direitos essenciais das pessoas apenas demonstra que emite os últimos extertores de um monstro prestes a ser vencido.
Mas não se enganem, tempos difícieis virão para nós, internautas: controle do acesso, em outras palavras, privação de liberdade e invasão de privacidade, mas a resposta para eles virão das urnas, porque a geração de caras pintadas não vai mais às ruas, mas twitta, bloga, flicka e, portanto, se comunica muito mais.
Toda vez que eu leio sobre roubo de obras de arte eu fico preocupada com elas Pela perda que a humanidade sofre quando elas desaparecem, pelo fato de que o mundo se enfeia um pouco mais cada vez que uma obra é furtada de olhos quea podiam admirar.