28 fevereiro, 2010

Esta semana uma orca matou sua treinadora no SeaWorld - à parte de especulações se o animal o fez por brincadeira ou por revolta, pois jamais conheceremos a respostas - o cerne da questão está no fato de que em pleno século XXI, aliás no início da segunda década do século XXI, temos animais mantidos cativos para o entretenimento das pessoas. Alguns protestam que nos alimentemos de animais, e eu discordo, somos onívoros, não há como combater nossa natureza, somos o que somos, para o bem ou para o mal, pelo consumo de proteína dos nossos ancestrais. Porém posso questionar - e questiono - a forma como estes animais são mantidos até o abate, não deveriam sofrer até lá, eles tem direito a uma vida digna. Também não condeno animais que são usados para trabalho: puxando carroças e arados ou carregando coisas, porém dentro do limite de sua capacidade, com respeito à sua natureza. Mas questiono sim animais que são usados para diversão. Ora, se antigamente era aceitável leões e elefantes em circos, hoje não é mais, existem zoológicos, existem documentários na TV para vê-los. O mesmo se deve pensar dos animais marinhos mantidos em cativeiros, ainda mais orcas, que nadam todo o oceano, que migram, mantidas por toda a vida em banheiras de azulejos. Esta na hora de por um fim a este tipo de espetáculo medonho, da mesma maneira que não é mais aceitável que circos exibam circos de horrores com pessoas portadores de doenças.

Resta a questão do que fazer com os animais, a reintrodução de Keiko, a baleia de free Willy resultou em sua morte vários meses depois, mas algo [talvez muito se aprendeu daquela experiência]. Deve-se tentar devolver as que foram capturadas ao seu habitat natural, orcas são animais inteligentes e se aprendem truques tolos com certeza aprenderão a sobreviver na natureza. Mas ainda existem as nascidas em cativeiro...

Como se vê somos uma espécie hábil em criar problemas que não deveriam existir.

violinha at 05:43 PM | Comments (0)

Sempre bato na tecla de que o jornalismo opinativo está no fim. Não o jornalismo informativo ou investigativo, mas aquele feito por colunistas que nada mais fazem do que dar uma opinião. Seu sucesso antigamente se devia ao monopólio da palavra nas mídias tradicionais, ora, só era possível ler o que eles escreviam, não restava outra alternativa. Aí veio a internet, chegaram os blogs e todo mundo pode escrever o que pensava e há muito gente que pensa fora da caixa e escreve melhor que alguns colunistas de jornal. Os blogs foram desprezados em seu início, mas que hoje contam com adeptos entre políticos, artistas, jornalistas, colunistas [aqueles mesmo que antes tinham o monopólio de dizer o que pensavam] ao lado de pessoas comuns.

violinha at 05:30 PM | Comments (0)