O trânsito no Brasil, não é novidade, é um dos que mais mata no mundo. Vitima-se um Vietnã por ano. Ou seja, embora vivamos em um país que não está em guerra, saÃímos todos para uma guerra quando deixamos nossas casas e encaramos o trãnsito. Os fatores são multíplos: falta de escolaridade geral da população e de fiscalização no trânsito; facilidade de se conseguir uma carta, seja pelas vias legais: o exame é elementar, as exigências são mínimas, afora os casos de cartas e exames vendidos; além de automóveis circulando sem as mínimas condições de segurança; some-se a este quadro punições brandas e temos exatamente o trânsito assassino do país que vitima pessoas em sua fase produtiva, que onera o sistema de saúde e previdência. O que mais choca é que todos os problemas apontam um único culpado: o governo e sua falta de atuação em todos estes níveis: é preciso educar para o trânsito, é preciso fiscalizar carros e motoristas, é preciso criminalizar e punir severamente os crimes cometidos com o uso do automóvel. Enquanto o governo não faz nada ou pouco faz, nos resta quase todo dia assistir ao socorro de vítimas nas ruas, complicando ainda mais o caótico trânsito das grandes cidades. As autoridades sempre culpam os motoristas - e não vou negar que há motoristas imprudentes, campeões de autuações, mas são exceções nas ruas - porém se estes e outros dirigem é com a autorização governamental, por portarem uma carta de motorista, ou se o fazem sem carta, falta fiscalização para tirá-los das ruas e colocá-los atrás das grades.