Quando em 1992, 12 países da Europa iniciaram a criação da União Europeia parecia que uma nova era mundial estava se iniciando com a formação de blocos continentais: mais fortes economicamente, unidos, afastando de vez o fantasma de guerras passadas.
Agora, praticamente, 20 anos depois, com a UE formada por 27 países e com com 5 deles em grave crise econômica percebemos que a nova era mundial ainda não chegou. Que não adianta apenas unir países com economias diversas e diferentes taxas de crescimento e achar que tudo irá funcionar como por mágica. Ora, nós brasileiros vivemos esta realidade: temos estados com PIBs muito diferentes (Alagoas gera 1% da riqueza de São Paulo no mesmo período de um ano) e só através da distribuição de riquezas é que pode-se diminuir estas diferenças. Assim não havia como países ricos e economicamente fortes como Alemanha e França estarem lado a lado com economias fracas como de Portugal e Grécia e acreditarem que tudo acabaria bem lá na frente. Não acabou, culminou em uma crise violenta para os PIIGS que caíram no canto da sereia da comunidade europeia e aceitaram empréstimos que não conseguem pagar agora e com o agravante que não podem apelar para o artifício que todo país utiliza nestas horas, que é a desvalorização de sua moeda, simplesmente porque a moeda não é deles, mas do bloco. Eu apostaria num desmantelamento da Comunidade Europeia em um futuro próximo e, já que estou fazendo previsões, apostaria também na Alemanha como sendo a primeira a abandonar o euro como moeda.