31 janeiro, 2013
De tempos em tempos aparece no facebook uma imagem com a pergunta "a criança que você foi teria orgulho do adulto que você é hoje?". Em geral, a gente ignora esta pergunta ou responde que sim para não refletir muito à respeito. Óbvio que é uma pergunta matreira, primeiro porque crianças admiram herois e, depois, porque ser criança não é um momento, mas vários deles que se sobrepõe entre os 2 e 12 anos de idade. Mas vou enfrentar o desafio: a criança que fui sentiria orgulho do adulto que sou hoje? Acho que a criança que eu fui não gostaria da profissão que eu escolhi, para uma criança advogados e professores universitários são seres sem graça, ainda mais na área de Direito e seus livros sem figuras. Tenho certeza que a criança que eu fui preferiria que eu tivesse escolhido a criptozoologia ou exterminadora de zumbis. Porém acho que as reclamações parariam por ai. A criança que eu fui adoraria meus gatos, porque o primeiro gato que tive foi aos 8 anos (e ele me acompanhou até a faculdade); a criança que fui adoraria meu carro, que é um brinquedo para gente grande, um jipe; adoraria meus gadgets, principalmente meus dois videogames (um Wii e um Xbox) e, mais do que tudo, a criança que eu fui adoraria meus amigos, porque eles, assim como eu, são apenas crianças grandes. Então, sim, a criança que eu fui aprovaria a vida que levo hoje, não trai meus ideais, não vivo de sacanear ninguém, sou feliz e quando ponho a cabeça no travesseiro durmo o sono dos justos.

E quanto a você: a criança que você foi teria orgulho do adulto que você é hoje?
violinha at 01:12 PM | Comments (0)
29 janeiro, 2013
São pessoas que se dizem crentes afirmando que os jovens mereceram morrer daquela forma por estarem em uma casa do diabo, é a ATEA questionando 'onde está seu Deus agora?', é uma garota do RS dizendo que a tragédia deveria ter acontecido no nordeste porque lá não há vida inteligente... tantos exemplos de falta de respeito com a dor alheia. Será que apenas a falsa sensação de anonimato na internet explica um verniz social tão ralo nestas pessoas? Quero crer que a indignação diante de todas estas manifestações demonstra que as pessoas são boas, que a esmagadora maioria é composta de gente do bem, que este tipo de gente é uma exceção que confirma a regra, mas que infelizmente é uma minoria bem barulhenta.
violinha at 09:51 AM | Comments (0)
27 janeiro, 2013
Na última quinta-feira fiz curso de brigada de incêndio, foi o terceiro em quatro anos. É apenas um dia (meio-dia) em que são dadas aulas teóricas e práticas para o primeiro combate a um foco de incêndio. Aí hoje acordo para a notícia de mais de 200 mortes em uma casa noturna em Santa Maria, RS, e me pergunto porque no Brasil não se leva mais a sério a questão do treinamento para combate a incêndios. Porquê não treinar crianças em escolas sobre os riscos de incêndio, como dar o primeiro combate, mas por aqui impera a mentalidade de que se pensar em algo, atrai, então é melhor não pensar em incêndios. É melhor proibir completamente a venda de álcool líquido do que ensinar sobre os seus riscos (a anvisa proibiu a venda de álcool líquido a partir do próximo dia 1.º de fevereiro, porém a entidade dos fabricantes do produto conseguiram liminar na justiça). Educação é a solução ideal para todos os problemas sociais, econômicos e ambientais. Porém educação também custaria o lucro das empresas e o empregos dos políticos da velha guarda. Então mais fácil, para eles, convivermos com tragédias, afinal, elas são esquecidas rapidamente pela maioria das pessoas.
violinha at 03:03 PM | Comments (0)