Ontem eu vi King Kong [ou rei Congue, como eu fiquei chamando para encher os outros], o filme é bem feito, como se espera de um blockbuster, mas eu achei o começo lento demais e quando eles estão na ilha eu achei que estava vendo parque dos dinossauros. Afora isto, o filme é bem feito, depois da lentidão inicial na primeira parte, a segunda é thriller de aventura, a terceira é aquilo que todo mundo sabe, o pobre Kong em New York caçado pelo exército, que atira em todos os prédios sem se importar com os inocentes civis, bela metáfora de um Estados Unidos pós 11 de setembro que bombardeou o Afeganistão e invadiu o Iraque.
violinha at Uma breve restropectiva de 2005:
2005 foi um ano bom, muitas coisas boas me aconteceram, entre elas, a mais importante, enfim terminei meu doutorado e nem cabe aqui elencar as coisas boas, quem lê meu blog - por vezes nas entrelinhas - sabe quais elas foram. O ano passou rápido, como todos os anos tem passado depois dos meus 25 anos, porém tanta coisa aconteceu em 2005 que eu sei que ele foi meio longo, porque lembro dos acontecimentos, mas confesso que depois da minha defesa da tese em meados de outubro, só vi o fim de ano chegar e mais nada, as coisas aconteceram em 'forward mode'. E creio que em 2006, uma das minhas metas é me acostumar com esta velocidade acelerada dos acontecimentos, de resto é buscar saúde, paz, alegria e realizações.
Um feliz 2006 a todos vocês!
Ontem eu escrevi aqui sobre as pessoas que desejando tudo, são incapazes de escolher e hoje, na Folha, Contardo Calligaris, um dos meus colunistas favoritos [e quem me conhece sabe que eles são poucos] escreveu uma coluna entitulada o fim do ano e o medo de perder [infelizmente apenas disponível para assinantes da Folha ou da UOL, mas se quiser eu, peça, que eu mando] e uma das frases dele, bate com o que eu escrevi aqui ontem, ele diz: "Quando limitamos medrosamente nossos sonhos, o que vale não é tanto a vontade de torná-los mais razoáveis e realizáveis, mas o medo de abandonar o conforto resignado do status quo. Os psicanalistas dizem a mesma coisa, em termos apenas diferentes: não há desejo sem perdas, e quem não aceita perder se impede de desejar."
Em outras palavras: CQD ;)
Quando eu quero dar umas boas risadas garantidas, eu leio o bash que é um site que traz as frases mais engraçadas escritas no IRC [um chat pré-histórico, que deu origem aos em web, mas muito superior a estes] e ontem por lá eu achei a seguinte frase:
<DmncAtrny> I will write on a huge cement block "BY ACCEPTING THIS BRICK THROUGH YOUR WINDOW, YOU ACCEPT IT AS IS AND AGREE TO MY DISCLAIMER OF ALL WARRANTIES, EXPRESS OR IMPLIED, AS WELL AS DISCLAIMERS OF ALL LIABILITY, DIRECT, INDIRECT, CONSEQUENTIAL OR INCIDENTAL, THAT MAY ARISE FROM THE INSTALLATION OF THIS BRICK INTO YOUR BUILDING."
<DmncAtrny> And then hurl it through the window of a Sony officer
<DmncAtrny> and run like hell
Vou seguir este conselho. Explico: minha digicam sony U30 deu problemas, levei na assistência e o orçamento era exorbitante, metade do preço de uma nova da sony, com muito mais recursos e com o dobro de pixels, quando eu julgava a câmera morta para sempre, descubro que a sony internacional fez um recall porque o modelo saiu de fábrica com defeito e aí começou minha briga com a sony do Brasil para ver se honram o recall feito lá fora. Mais detalhes desta história, inclusive com os e-mails que mandei, aqui.
No começo da década de 90, faltou álcool nas bombas de combustível por um 'charminho' dos usineiros e o projeto do carro movido à álcool foi deixado para trás. Em poucos anos a frota nacional voltou a ter um número bem maior de carros à gasolina. Aí, as montadoras lançaram, há poucos anos, o inovador carro com motor bicombustível, que aceita tanto álcool como gasolina e o que acontece com o álcool combustível? Não sumiu das bombas, mas seu valor disparou e a economia gerada pela combinação de valor mais baixo combinado com menos km rodados foi para o espaço.
É besteira eu sei, mas estou toda envaidecida porque se no google você digitar 'violinha' e clicar em i'm feeling lucky [estou com sorte] ao invés do google search [pesquisa google] você vai diretamente neste blog.
Para quem não sabe o i'm feeling lucky [estou com sorte] te leva diretamente ao resultado mais pesquisado, e portanto provável, daquela palavra ou frase pesquisada.
A vida é feita de escolhas talvez seja uma das frases mais clichês que existem, porém a frase encerra uma das grandes verdades sobre a vida, ela realmente é feita de escolhas. A vida de cada um de nós é uma seqüência das conseqüências de nossas escolhas e todo mundo, ao menos uma vez, já se questionou se tivesse tomado um caminho diferente ao invés do escolhido: se tivesse se casado anos atrás, se tivesse se separado, se não tivesse terminado o namoro, se tivesse feito aquela viagem, se tivesse escolhido outra carreira, mudado de cidade, enfim, tantas escolhas e estas escolhas são assim mesmo, caminhos que tomamos em encruzilhas e quando escolhemos uma trilha, deixamos de ver a paisagem daquela trilha preterida. Qualquer um pode deitar à noite e olhando para o teto imaginar como teria sido tomar o caminho da estrada não escolhida, porém a resposta jamais virá, será sempre mero exercício de especulação, afinal toda escolha implica em abrir mão de umas tantas coisas para poder ter outras. Porém, no mundo há aqueles que não sabem escolher e querendo tudo ao mesmo tempo e agora. Estas pessoas que querem tudo, acabam quase sempre com nada, pois elas não escolhem um caminho, ficam lá, paradas na encruzilhada das trilhas, sem nada escolher e assim terminam sofrendo o pior dos reveses, pois a vida então escolhe por elas.
Semana passada uma bomba caseira explodiu dentro de uma lixeira na rua 25 de março. Ato de terrorismo, ainda não se sabe de quem, mas com clara intenção de punir a população que faz compras ali pelo aumento da fiscalização e pela apreensão de mercadorias. Terrorismo, o nome já traz isto em si, é espalhar o terror, deixar as pessoas com medo, não há nenhum outro propósito em um ato terrorista e, muito embora, os palestinos tenham feito parte do mundo acreditar que seus atentados terroristas tenham o mesmo caráter de uma guerrilha - que é o modo como os mais fracos enfrentam os mais fortes, foi com guerrilha que os vietnamitas ganharam a guerra e expulsaram os soldados americanos do Vietnã - não é. Terrorismo só quer espalhar o medo e o terror e fazer a população crer que o Estado constituído é incapaz de protegê-los. Terroristas são criminosos, não são heróis da resistência.
Eu gosto de ler, adoro a crônica doce e meia de Rubem Alves, amo o realismo fantástico de Italo Calvino e Julio Cortazar, dói em mim a beleza da narrativa de Pedro Nava, mas eu tenho cada vez mais problemas com bestsellers, eles são tão óbvios, com histórias tão "uau!!!" que cansa. Será que não podem abusar um pouco menos da credulidade do leitor?
Sou só eu ou mais alguém não suporta livros dentro de livros? Eu não aguento autores que escrevem sobre escritores e colocam parte da história que o personagem-escritor está narrando! Primeiro, se a história fosse tão boa, porque ele não escreveu a história do personagem-escritor ao invés da sua? E se eu quisesse ler outra história teria comprado outro livro e não aquele que tem a história que conta a história.