Em toda tragédia humana há heróis e vilões, no massacre de Virginia Tech também há: o assassino, depois de sua explosão de fúria, se matou, mas antes levou consigo pessoas como o professor Liviu Librescu, romeno, sobrevivente do holocausto, que aos 76 anos não hesitou em arriscar sua própria vida para salvar a de seus alunos. E ali tombou um herói que deu uma última linda lição a seus alunos.
Eu não consigo parar de pensar na família do assassino, em como eles são as maiores vítimas desta tragédia.
Na lista de professores que foram mortos, só há estrangeiros. Os EUA não produzem seus próprios cérebros não?!
Ontem eu escrevi que a morte de Maria Lenk fazendo o que gostava, nadando, aos 92 anos, era o que os espartanos chamavam de 'bela morte'. E hoje eu comento a morte de Nair Bello, que ficou meses no hospital sofrendo, antes de se ir. Ninguém merece sofrer assim, por mais irônico que possa soar: melhor morrer são do que morrer doente.
Os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro às vésperas do panamericano expõe uma ferida antiga em nossa sociedade: a violência. Está na hora de começarmos a olhar com seriedade a questão da violência, somos um país violento, não somos o povo pacífico e alegre que gostamos de nos auto-imaginar.
Os americanos são neuróticos, principalmente com sua segurança, porém eles não agem como neuróticos, pelo contrário, agem como ingênuos. Neste último caso de massacre em massa, com um sul-coreano atirando nos universitários do Virginia Tech: ao invés de soarem um alerta no campus após os primeiros assassinatos, os administradores da universidade não consideraram perigoso que um assassino armado estivesse vagando por lá, o que resultou em dezenas de morte horas mais tarde. O mesmo aconteceu no fatídico 11 de setembro: quatro aviões somem e ninguém acha isto, no mínimo, esquisito. O mesmo se deu no primeiro ataque às torres gêmeas: agiram como ingênuos e não pensaram que se um avião já tinha atingido uma torre e haviam outros três desaparecidos no ar que um deles poderia ter o mesmo destino. Muita ingenuidade, um pouco de malícia não lhes faria mal.
Maria Lenk, a primeira sulamericana a participar de jogos olímpicos, faleceu ontem, aos 92 anos, após uma acidente vascular dentro de uma piscina. Mortes são sempre tristes, porque deixam o vazio e a saudade, mas alguém, perto dos 100 anos, morrer fazendo aquilo que mais gosta não deixa de ser uma morte abençoada.
Pra você:
O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que o tempo
Tem pra me conceder
São tuas até morrer
E a tua história, eu não sei
Mas me diga só o que for bom
Um amor tão puro que ainda nem sabe
A força que tem
é teu e de mais ninguém
Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites
Viver uma grande história
Aqui ou noutro lugar
Que pode ser feio ou bonito
Se nós estivermos juntos
Haverá um céu azul
Um amor puro
Não sabe a força que tem
Meu amor eu juro
Ser teu e de mais ninguém
Um amor puro
[um amor puro, Djavan]
A ciência descobriu que "chocolate dá quatro vezes mais prazer do que beijo". Daí eu só posso concluir que: chocólatras adoram beijar e que aquela meia dúzia de chatos que detestam chocolate, também não curtem beijos.