17 janeiro, 2009

Muito embora todos nos saíbamos mortais, até porque ninguém jamais ficou para semente, costumamos nos considerar imortais, pois ainda que tenhamos consciência de que a morte é certa sempre imaginamos que será em um futuro incerto e distante. Apenas defrontados com a própria mortandade é que percebemos que a vida pode acabar aqui e agora. Esta madrugada foi um destes momentos para mim. Tive uma reação alérgica violenta, a pior que já vivi, que começou em um horário incomum, quase 9 horas após a última ingesta e que não evoluiu mais e pior porque tomei antialérgico assim que a percebi, mesmo assim tive de fazer uma visita ao hospital às 4:30 com um início de edema de glote que não foi pior por conta do remédio que havia tomado e também porque a reação, embora fortíssima, se instalou devagar. Enfim, foi um baita susto que, felizmente, acabou bem.

Na hora em que estava acontecendo, eu não me dei conta da gravidade, apenas do fato de que era a maior reação alérgica da minha vida, que não foi interrompida com remédio e que seria conveniente uma visita ao médico para eu dormir tranquila depois. Só depois, muito depois, já em casa, eu me dei conta que se algum "se" tivesse saído fora do roteiro, eu provavelmente não estaria escrevendo neste blog hoje. Mas meu anjo da guarda é notívago como eu e estava de plantão.

Esta foi a primeira vez na minha vida adulta, pelo menos que eu tenha consciência, de que eu quase fui conferir como é o lado de lá. Nas outras duas vezes que algo assim aconteceu eu era criança e não tive epifânias filosóficas sobre o fato.

O mais bizarro de tudo - talvez nem seja bizarro, talvez seja apenas para ligar os pontos olhando para o passado como disse Jobs naquele discurso como paraninfo de uma turma de Stanford, eu me lembrei ontem de uma amiga que faleceu há poucos anos, que tinha minha idade e de como somos sobreviventes nesta vida, quantos de nós já não viu pessoas da mesma idade - conhecidos, amigos, parentes, completos desconhecidos - irem-se e nós continuamos por aqui? Quem diria que meras 24 horas depois eu continuaria sobrevivendo?

Como eu disse, fui tomada de epifanias filosóficas, mas acho que posso né?! Afinal por pouco que eu não estou tentando mandar notícias sobre como é o lado de lá.

Talvez eu não tenha chegado tão perto assim, mas eu não vi nenhum filminho com um resumo da minha vida, viu?!

violinha at 06:38 PM | Comments (2)






como queires que te quiera, originally uploaded by violinha.

violinha at 01:06 AM | Comments (0)
16 janeiro, 2009

Final de novela é mesmo uma comédia, quem não consegue se ajeitar com a pessoa amada, se arrumar com qualquer outro no último capítulo. Na falta de tu, vai tu mesmo.

violinha at 10:54 PM | Comments (0)

O filme o curioso caso de Benjamin Button é um sério candidato a clássico imediato. Um dos filmes mais lindos que já vi, uma verdadeira poesia transposta para o cinema.

violinha at 10:48 PM | Comments (0)
15 janeiro, 2009

A luz voltou agora há pouco aqui. Ficamos 20 horas sem luz. E outras 4 no telefone reclamando da falta de energia elétrica.

violinha at 07:18 PM | Comments (0)

Passei uma semana em Buenos Aires em uma viagem que eu chamo de custo-zero: tirei as passagens do programa de milhagem e fiquei hospedada na casa de amigos. E fui muito, mas muito mimada. Rico, na verdade, é quem tem amigos.

Eu iria esticar minhas férias até Paraty, mas as chuvas fortes que atingiram a cidade me fizeram mudar de idéia. Não tenho a menor vontade de visitar um local destruído por uma catástrofe.

violinha at 07:17 PM | Comments (0)

Crypto message number 25:
Tantas você fez que ela cansou
Porque você, rapaz
Abusou da regra três
Onde menos vale mais
Da primeira vez ela chorou
Mas resolveu ficar
É que os momentos felizes
Tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
Porque o perdão também cansa de perdoar
(...)
[regra três, Vinicius e Toquinho]

violinha at 07:09 PM | Comments (0)

Um avião acaba de cair no rio Hudson em Nova Iorque. Então agora só dá para voar depois que cairem mais dois. Uma das poucas supertições que eu tenho é que aviões grandes sempre caem em número de 3.

violinha at 07:04 PM | Comments (0)