26 maio, 2009

O jornal a gazeta mercantil deixará de circular a partir de 2.ª feira, dia 1.º de junho. Este é o primeiro dos jornais tradicionais que fecha as portas, em breve virão outros. Não estou dizendo que os jornais estão fadados ao fim, mas este modelo tradicional, do jornal grande, cheio de cadernos, repleto de anúncios, está com os dias contados. A rapidez com que a informação circula não comporta mais este modelo de mídia. Sobreviverão apenas jornais no estilo do metro - que, não à toa, circula em 150 cidades em 21 países - notícia curta [a pessoa que se interessar que vá procurar mais informação] e de graça [tá certo que o preço de jornal sempre foi simbólico, que quem paga o jornal são os anunciantes, mas pra que pagar se tem informação de graça?]. A rapidez dos dias modernos e a facilidade de acesso à informação exigem um novo modelo de jornal.

Neste novo modelo de jornal não haverá mais espaço para colunas de opinião, os palpiteiros que por décadas ganharam dinheiro dizendo que o pensam - não porque são brilhantes, apenas porque tinham espaço para escrever o que queriam - serão os primeiros na fila do desemprego dos jornais. Se alguém quiser ler opinião, abre o browser e procura na internet.

violinha at 11:44 AM | Comments (0)
25 maio, 2009

Susan Boyle é, sem sombra de dúvidas, a primeira celebridade da internet. Digo celebridade da internet porque ela foi eleita por internautas, ela não foi escolhida pela mídia, mas por uma enorme população anônima que se emocionou no começo de abril com sua performance em um show de calouros [britain's got talent]. E embora sua apresentação deste último domingo, cantando memory de cats seja linda, nada jamais baterá sua primeira aparição nos palcos. Sua história parece uma fábula cristã, ela se sai bem, mas ninguém é prejudicado, as pessoas que zombam dela aprendem com seu exemplo e passam a aplaudi-la de pé. Nunca mais Susan Boyle será a Susan Boyle de 11 de março de 2009.

violinha at 03:24 PM | Comments (0)

Hoje na Folha de S. Paulo, no caderno opinião [p. 2] Ruy Castro critica o facebook, nada menos que a maior rede social da internet com mais de 200 milhões de participantes [algo como todo o povo brasileiro e argentino inscritos por lá]. Ele diz que para se manter em contato com as pessoas, pode usar telefone ou e-mail. Eu pergunto: para que tanta evolução? Por que não sinais de fumaça? Só não vou sugerir cartas escritas com caneta tinteiro e seladas com lacre porque eu ainda faço isto.

E, orquestrada ou não, há um ataque generalizado da mídia tradicional contra a internet - esta coluna do Ruy Castro não é caso isolado - somado ao AI-5 digital proposto por Eduardo Azeredo percebe-se que há algo de muito podre no mundo real contra a internet.

violinha at 07:45 AM | Comments (0)